sábado, 6 de fevereiro de 2010

Minha noite mística...

Ontem a noite, aconteceu algo que me surpreendeu imensamente. Uma mera coincidência. Ainda me pergunto.

Não conseguia dormir. Então parti para o Plano A: pesquisar um pouco sobre política na internet. Por sinal, encontrei este site muito bom que fala um pouco sobre a Política local:

http://war.change.org/blog/view/a_crash_course_in_palestinian_presidential_politics

Fiquei uma hora aqui esperando o sono. Ao ver que estava ainda super acordado. Saí para dar um passei e comer numa casa de quebabs que fica do outro lados do Muro da Velha Jerusalem. Saí andando, comi o Quebab e voltei para dentro dos muros medievais que são magnificamentes iluminadas de noite.

Passei os grupos que mais se encontram de noite dentro da velha cidade: seguranças israelenses, sempre altamente aramados, e sempre, paradoxalmente, com carinhas de anjos querubins, e grupos de jovens palestinos discutinho em voz alta e dando gargalhadas que se ricocheiam por entre os corredores apertados desta pequena e controversa cidade medieval.

Daí tive uma idéia: ir no Muro das Lamentações de noite. Algém havia me dito que o Muro era aberto 24 por 7.

Fui.

Desviei o meu caminho de Beit Habad, pegando a Via Dolorosa (por onde Jesus passou levando sua cruz) e peguei o caminho de El Wad Hagai que, apesar de ser no bairro Arabe, se vê muitos Judeus Ortodoxos voltando de suas orações no Muro.

Avistei um grupo de três pessoas na minha frente. Com as feições tipicamente Arabe e um Negro, falando alto em um Arabe mais suave. Ao me aproximar, o Arabe suave foi se transformando em...português.

Halucinado com este encontro parei o grupo e pergutei de onde eram. Os três representavam uma perfeita delegação nordestina, um Bahiano, um Sergipenho e outro Pernambucano. Acabavam de visitar o Muro das Lamentações e estavam em Jerusalem por se interessar pelo Islã por conta de seus antepassados, que, possivelmente, eram Muçulmanos. Estavam lá para conhecer o terceiro lugar mais sagrado do Islã: a Mesquita Dourada e a Mesquita Al Aqsa que fica ao lado do muro das Lamentações.

Agradeci a conversa e continuei minha andança muito feliz com aquele encontro tão Brasileiro.

O Muro das Lamentações a noite é um lugar impressionante e mostra mais uma vez, o carinho que o povo Judeu tem como este muro de mais de 2000 anos. Muitos dormem em frente ao muro! Outros cantando em prantos em frente ao monumento. Isto já era quase uma da madrugada.

Decidi voltar para meu hostel no Bairro Cristão pelo Bairro Judeu. Subi do outro lado passando pela antiga Synagoga de Hurva. Neste momento, avisto três pessoas, e percebo, pelo Kipa, que são Judeus falando um Hebreu mais brando que aquele que já estava acostumado.

Aos poucos, sim, adivinharam, o Hebreu se transformou em Português. Fui conversar. Três Paulistanos, dois de Higienopolis e um de Jardins. Conversei sobre Israel. Me explicaram com muito orgulho sobre Israel e como é muito mais desenvolvido que o Brasil.

Agradeci a conversa.

Até agora não entendi esta coincidência.

Um comentário:

  1. meu gugs.
    Como voce falou tem varias interpretacoes esta noite. Sera que mostrar pra voce a multicultura do brasil que as vezes a gente nao enxerga? Ou talvez... deixo pra voce o reto das hipoteses.
    Impressionante. Ainda mais quando a gente parapra pensar.
    te amo demais

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